Windows 96 ou Nashville?
Quem está regularmente online já ouviu certamente uns rumores sobre uma tal versão
beta do "Nashville", a versão que se seguiria ao Windows 95. Pois nós conseguimos ter
acesso a uma destas versões, e aqui está a análise, completamente não autorizada.
Esta versão tem algumas crises de identidade: nuns lados identifica-se como "Windows 96" (no
Painel de Controle, secção "Add/Remove Software"), noutros como "Nashville" (na janela de
DOS), e noutras ainda como "Windows 95" (nos écrans de arranque e Common Dialog Boxes).
Como é natural, esta beta está ainda muito em bruto, não faz o Uninstall correctamente, e tem
links fixos para código de teste em drives remotos, que aqui não existem, evidentemente, e dão
origem a crashes muito interessantes.
A julgar pelas datas dos ficheiros, quase todo o kernel e a maioria dos drivers foram pelo menos
recompilados. Uma razão válida para esse facto é velocidade, e de facto o video é cerca de 15%
mais rápido no meu sistema S3 do que em Windows 95. Isto dá boas pistas para aquilo que
poderá ser o sistema final.
Alguns dos add-in para o 95 (como os Power Toys, e o Internet Explorer Wizard) já estão
incluídos no sistema base, e os gestores de redes ficarão satisfeitos de saber que o suporte de NDS
também já está embutido, embora de forma um pouco rústica.
Em termos cosméticos, o Explorer possui agora botões "Go Back" e "Go Forward", como um
browser de Internet, e podemos deslocar-nos de directório em directório da mesma forma que
vamos de página em página na Web. Combinado com os shortcuts e a possibilidade de mapear
directórios distantes para a nossa estrutura local, navegar é agora mais fácil que nunca, quase sem
nos preocuparmos onde é que algo está físicamente localizado. A semelhança com um browser vai
mais longe: neste, todos os links estão coloridos, marcados com um sublinhado. No Windows 96
(?) tudo o que é seleccionável fica sublinhado a azul quando o cursor passa por cima, e assin já não
é necessário fazer o duplo-click para seleccionar ou executar um programa. Basta um simples
click.
Também existe muito mais animação no desktop. O Windows agora "explode" a partir de um
icon, e ao usar o botão direito do mouse, o menu cresce a partir do icon, em vez de se materializar
instantâneamente como era hábito. O botão de START e outros menus em cascata agora enrolam
para cima ou para baixo, em vez de surgirem instantâneamente. Tudo isto é dirigido aos novos
utilizadores, e toda a gente pode ver exactamente de onde é que cada menu ou janela provém - é
impossível alguém "perder-se" e acabar a dizer "De onde é que isto veio?".
O principal componente novo é o ATHENA. Trata-se de um PIM (Personal Information
Manager) que dispõe de um gestor de contactos, listagens de "páginas amarelas" do(s) seu(s) Post
Office de Email, um calendário com lista de tarefas e um cliente de mail. Vem substituir o INBOX
(MsMail), o Schedule+ e meia-dúzia de pequenas aplicações, e poderá ser especialmente útil para
utilizadores isolados ou com portáteis (pelo menos por enquanto, o calendário não suporta
marcações em grupo).
Onde é que tudo isto nos leva? Pensamos que o software é real, apesar dos desmentidos da
Microsoft, e representa provávelmente um estágio intermédio para a próxima versão do Windows
95. Nem todas as funções descritas poderão chegar à fase final, mas aposto que a maioria chegará.
Mas só o futuro o poderá confirmar.
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